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O Fusquinha

Quando eu era uma adolescente sonhadora queria ter um fusquinha cor-de-rosa. Ele seria lindo, cheio de ursinhos de pelúcia no banco de trás. Eu seria uma espécie de Penélope Charmosa, rsrsrs.

O sonho não se tornou realidade, que peninha.

 Nesta mesma época gostava de escrever em diários, relatando as aventuras e peripécias de meu dia. Então, daí a ideia de um blog com este título. Realizo o sonho do fusquinha, sqn, rsrsrs e continuo a escrever sobre minhas aventuras e peripécias. Faço-o de uma forma poética e, por vezes, romântica. E, às vezes, nem poética, nem romântica, rsrsrs. Este é um blog bem simples. Tem um pouco de tudo o que me faz feliz e também do que me faz chorar.

Espero que minhas palavras, de alguma forma, toquem o seu coração.

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É Bem Assim

Se você acha que as pessoas estão rindo de você é porque você se considera risível. Se você imagina que estão falando mal é porque você se acha criticável.

A interpretação que fazemos do olhar do outro sobre nós é baseada na percepção que temos de nós mesmos. Antes de querer mudar a opinião dos outros a seu respeito, mude a forma como você se vê.

Melancólico

Maria, A Mulher que Foi Quebrada

  • Foto do escritor: Sandy Matos
    Sandy Matos
  • 31 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Maria era uma uma mulher inteira. Inteira de corpo. Inteira de alma.

As engrenagens de seu coração estavam em perfeito funcionamento.

E sem nenhum lamento, ela respirava.

Maria era contente, sorridente. Acreditava na vida, confiava em tudo.

E os planos do mundo, Maria sonhava. Maria tinha olhos brilhantes, sorriso exuberante. Sua graça cativante não negava a quem pedia.

Ah! Maria, Maria. Completa em sua feitura, inteira em sua essência, ela viu passar seus dias.

Um dia Maria encantou. Iluminou os olhos de um que a olhou, e este cheio de desejo, fez-lhe um ensejo e levou Maria a viver com ele. E, agora, sendo dele, Maria se entregou.

Um dia Maria acordou e percebeu que faltava algo, um pequeno estrago fora feito em sua feitura. Que feiura, Maria quase chorou. Mas, era só um arranhão, coisa que se escondia com um pedaço de algodão.

Mais um dia e Maria acordou. Um pedaço maior se soltara e um buraco ficara onde antes era seu coração.

Mas, Maria remendava, dava um jeito e consertava e se mantinha, ainda de pé. Mas, Maria não percebeu que agora ela mancava, sua postura se curvara e seu sorriso perdeu a fé.

O brilho que antes havia, que os seus olhos coloria há muito se apagara, e Maria sem perceber viu o que não queria ver: havia buracos em sua alma.

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Agora Maria era torta. Poucos a reconheciam. E trancando sua porta, envergonhada da desdita, Maria não mais aparecia.

E aquele que se encantou, que um dia a Maria levou era todo sorridente, dono de muitas certezas, de conversa envolvente.

Ah! Maria. Vê se percebe o que te falta. Há buracos em sua alma. E em pedaços tu te quebras. Mas, Maria iludida, pensando que era sua missão, deixou-se quebrar inteira e esmigalhada ela viu seus pedaços caírem ao chão. Um dia olhou- se no espelho e assustada sentiu medo com a terrível visão! Maria não era mais ela, e chorando a morte dela espatifou-se pelo chão.

Chegando em casa, aquele que um dia a levara, encontrou a Maria quebrada, fragmentos do que um dia fora. E juntando os pedaços, varrendo todos os cacos, Maria foi jogada fora.

Ah! Maria, Maria! O que será de ti agora? Sozinha num saco escuro, ninguém lhe chora o luto, acabou-se a sua história? Hem, Maria? Ainda podes ouvir quem te chama, aí jogada na lama, nesta triste calmaria?

Ah! Mas um dia um barulho ensurdecedor ecoou naquele canto escuro. Maria se remexia, em seus cacos se revolvia e uma nova Maria nascia. Pedaço por pedaço encontrou outros encaixes. Fragmento por fragmento regenerou-se em outras partes. E há quem ache, há quem informe que Maria foi restaurada de volta aos padrões de fábrica. Mas numa versão melhorada. Renasceu um espírito completo, com alma de aço, coração de ferro. E quem visse Maria a todos dizia que era uma outra mulher. Seu brilho irradia, em dia claro, em noite sombria e seu sorriso é gelo ou fogo, depende da ousadia dos que se lhes pede a fé.

Ah! Maria, Maria. Voltou como a Fênix volta das cinzas. Purificada de alma. Renovada de corpo. E agora absortos todos olham para ela. Voltou inteira, voltou completa. Voltou de armadura, de arco e flecha. Agora Maria não quebra. Mas, Maria entrega sua vida e sua essência Àquele que em toda excelência sempre foi o Dono dela.

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"O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto
e te dê paz. 

Números 6:24-26

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