O Adeus de Uma Mulher
- Sandy Matos
- 28 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Quando uma mulher diz "adeus" ela já falou muitos "até logos". Quando ela diz que é o fim é porque já ofereceu muitos recomeços. Uma mulher não desiste com facilidade. Ela não se entrega em suas batalhas. Constituída de uma força inigualável, feita de amores e de entrega, está pronta a oferecer chances, primeiras, segundas e terceiras, a doar oportunidades, a dedicar esforços e a fazer o necessário para alterar a situação que lhe aflige a alma. A mulher é um ser valente, não se cansa de quem ama mesmo quando este lhe tira as forças. Ela é valente porque sempre milita pela resolução, pela mudança efetiva e pela solução. Em sua determinação chora se for preciso, canta se for necessário, grita para chamar a atenção. Pede e oferece. Tira e coloca. Devolve e envolve. Está sempre disposta a

fazer propostas. Está sempre disponível a fazer o possível. Contudo, ela tem seus limites. Ela é feitura humana e um dia se cansa. Seu coração oferece um amor férreo, mas é feito de carne. E quando se parte dificilmente volta aos padrões originais. A mulher é feita de fúria e de calma. De brisa e de tempestade. De sangue e de suor. De sorrisos e de lágrimas.
Ela é um conjunto de ternura e bravura. Aqueles que abusam de sua boa-fé encontram seu lado valente e, por mais que tentem, não mais conhecerão suas facetas dóceis. Ela oferece o perdão, mas não mais o retorno. Oferece um adeus sem volta. E o único recomeço é aquele que fará dentro de si mesma. Uma jornada para purificar-se daqueles que não souberam aproveitar a acolhida tão ternamente oferecida.
Enquanto uma mulher está reclamando é sinal de que ainda se importa. Mas, quando ela escolhe o silêncio uma parte dela já foi embora.
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