Ela é Frágil?

Uma singela homenagem àquela que merece todas as honras. Paras as quietinhas e as agitadas. Para as falantes e as caladas. Para as pequeninas e paras as grandes. Para a mulher, aquela é todas essas em uma única pessoa!

Disseram que ela era frágil e isso a fez forte. Subestimaram sua garra, sua vontade e seu poder. E hoje, quem a vê, diz que é invencível.

Parte das partes de um ser completo, moldado pelo Criador. Mas,inteira e feita do mesmo barro que o moldou. Carrega na pele as digitais de seu Artista e os caracteres de Sua essência leva abrigados nela.

Sim. Ela não é frágil. Mas é! Fragilidade que cobra a exigência de ser tratada com carinho, como se faz com porcelana fina e cristal transparente. Mas, a força é inerente ao seu fundamento, é a substância que corre em suas entranhas e a faz capaz. Capaz de todas as coisas, quando todas as coisas se revolvem dentro dela. Um misto de emoções que norteiam suas decisões e escolhas. Pensa no outro mais do que nela e movida de sentimento abnegado faz, num único abraço, o afago de que o mundo precisa.

Ela é luta. Ela é lida. Ela é linda. Beleza que não se mensura por padrões mal formados. Sua métrica mora nela e determina dentro de sua alma a beleza intrínseca à sua essência. Não se faz análoga à criatura, feitura tal qual ela. É equiparada ao nível elevado do Amor Maior, Àquele que se comparou à mulher-mãe que tem a incapacidade de esquecer de seus filhos.

Mulher-mãe, mulher-filha, irmã, amiga. Todas em uma, todas dentro dela. Rainha e plebeia. Chefe e operária. Líder e liderada. Multiplicidade de poderes que a tornam única. Completa-se com as partes de si mesma. E se faz em pedaços para tornar preenchidos os vazios que necessitam dela. Abre mão de si mesma para oferecer as mãos a quem por elas esperam. Mãos pequenas e delicadas que seguram com garra tudo aquilo que lhe é valoroso. Ela mesma é valorosa, valiosa e vitoriosa.

Capaz de transformar-se de acordo com o que dela é esperado. Não aceita imposições e sábio é o que não lhe faz exigências, pois percebeu que já faz parte dela oferecer-se quando a deixam livre para doar-se.

Não é preciso empunhar uma arma para que desperte a guerreira que há nela. Não se fazem necessárias as durezas das palavras para ouvir de seus lábios a concordância com os projetos que lhe apresentam. Ganham mais os que oferecem os abraços e não os braços. Ganham os que oferecem as mãos e não os punhos. Os que oferecem o mel em vez das ferroadas encontram nela a Rainha e a súdita que um verdadeiro Rei merece.

Então, digam que ela é frágil antes de tocar nela. Mas, façam-se fortes para receber o toque dela.

Toda mulher é única. Criada à imagem e semelhança de Deus. Todas cabemos no abraço Dele e isso é maravilhoso!